domingo, 1 de março de 2015

Quem é Você, Alasca? / Parceria com Nayara Borges

Oi, pessoal! Tudo bem? Bom, como vocês já devem ter visto no título, "Quem é você, Alasca?" ganhou a enquete, e eu confesso que eu também estava torcendo pra que ela ganhasse hahaha

Antes de começar essa resenha eu queria falar que o Contos de Duas Doidas fez uma parceria com outro blog, o adorável Traveling Between Pages da Nayara Borges. Eu fico muito feliz com essa parceria, eu a conheço a muito tempo, inclusive esse lindo banner que está aqui no blog foi a Nay que fez, então espero bons resultados dessa parceria, estou bastante feliz :D Quero pedir também que visitem o blog dela (o link do blog está na parte 'blogs parceiros') Então, vale muito a pena visitar e seguir!

Vamos a resenha...

Eu demorei alguns dias pra fazer, porque eu não sabia começa-la. Já tem um tempo que eu li o livro e realmente não sabia como começar a falar dele. Outra coisa, eu vou falar o final, mas não precisa ler, pula a parte que eu falarei e eu vou explicar porque eu vou falar o final na "minha opinião".



Logo na capa já está meio que resumido o que você pode esperar: "O Primeiro Amigo, A Primeira Garota, As Últimas Palavras" bom, na verdade ele vem resumindo o protagonista Miles "Gordo" Halter ( "Gordo" explicarei mais pra frente). Miles é um adolescente comum, mas tem um hobby diferente de outros, ele gosta de colecionar últimas palavras. E as últimas palavras de Símon Bolívar , pairam sobre a cabeça do leitor durante todo o livro: Como sairei desde labirinto?" Ambos os personagens procuram uma resposta, e um deles acha no final. Mas de um jeito que com certeza vai fazer você chorar. 

Miles resolve ir para o internato Culver Creek onde seu pai se formou. A escola é famosa pelos grandes trotes que pregava. E é assim que Miles vai pra lá, com desejo de mudar toda sua vida, fazer amigos de verdade, a procura de Um Grande Talvez.

Logo que conheceu seu quarto não demorou muito pra conhecer seu colega também. Baixinho, invocado e conhecido por fazer trotes incríveis, chamado Coronel. Não demora muito até Coronel apresentar Alasca para Miles, ai sim, tudo começa a mudar.

Linda, inteligente, bipolar, misteriosa, a Rainha dos trotes, e uma garota indecifrável,  Alasca Young sem dúvidas nenhuma mexe com o coração de Miles, e o apelido de Gordo foi ela que deu a ele, por ele ser muito magro (criativo né? haha) Mas, leitor, não espere uma história frívola de apaixonites no colegial não! O John sempre vai além disso. A história do primeiro capítulo ao último é intensa, desafiadora, apreensiva. Se prepare pra chorar de rir e chorar (claro) de tristeza, até porque, quem é o autor mesmo?

E mesmo mesmo com tanto mistério por trás da garota estranha que Miles se apaixonou, ela te conquista de uma forma que faz viver e sofrer junto.

Miles se encontra em um mundo totalmente diferente do que já tinha vivido. Seus amigos fumam e bebem e pra eles é normal, é desafiador, logo Miles se rende e vai se envolvendo cada vez mais com seus amigos, ele também conhece Takumi, acaba virando um grande amigo seu e que no final, será uma figura importante pra desvendar toda essa história.

Cada dia mais Miles vai se apaixonando por Alasca, o que não é recíproco porque ela tem um namorado fora da escola. Mas desde que os dois se conheceram Alasca sempre incentivou Miles a gostar dela, provocava-o. Mas mesmo tão apaixonado, Miles não a conhecia direito, ela não dava espaço pra isso. O que o deixava muito confuso. Um dia ela era amável, outro dia nem tanto. O que fez Miles começar a questiona-la.

Por causa de alguns acontecimentos (sério, gente, estou tentando não contar tudo) eles resolvem fazer um grande trote, que envolve Alasca, Miles, Takumi, Coronel e Lara, uma menina muito bonita, simpática e que realmente gosta de Miles (Alasca o ajudou a ficar com ela, mas...) Logo depois do trote, eles não poderiam dormir em seus quartos, então ficaram em um esconderijo, longe do Águia (que é o inspetor da escola) e resolveram brincar de quem tem a história de vida mais triste (se eu não me engano) e no meio de tanta bebida e tantas risadas, Alasca conta sua história.

Não vai fazer muita diferença se você ler, não é tipo um spoiler, mas se não quiser, se quiser ter a emoção de ler isso só no livro, então pule essa parte da resenha...

Alasca faz de tudo pra não ir pra casa nos feriados, não gosta da companhia de seu pai. Sua mãe morreu quando ainda era pequena. Seu pai no começo colocava a culpa em Alasca por não ter pedido ajuda na hora. Mas era muito pequena e não sabia o que estava acontecendo com a mãe (não lembro se foi AVC ou infarto) então, tem uma parte que Alasca diz a Miles pra ficar com ela na escola, no Natal, porque não quer ir pra casa porque lá tem fantasmas e ela tem medo. Então resumindo, Alasca se culpa pela morte da mãe, mas ainda não sei se isso explica o seu comportamento. 

Continuando...

Uma das partes mais interessantes é quando Alasca explica a origem do seu nome para Miles. Quando ainda era uma criança, seus pais queriam colocar diferentes nomes nela, então, como não era justo pra nenhum dos dois, disseram a Alasca que no seu aniversário seu presente seria ela mesma escolher seu nome. Ela escolheu a partir do globo terrestre, estava olhando e viu o Alasca, se eu não me engano, a explicação que Alasca deu a Miles foi que ela queria ser tão grande quanto o Alasca (e mais algumas coisas) você terá oportunidade de ler isso no livro! 


O Final do livro... (CUIDADO SPOILER)

O final é bem confuso, tentarei te explicar da forma mais clara que eu conseguir possível ahahaha 
Miles e Coronel estavam no quarto da escola, Coronel e Alasca bebendo muito, então eles resolvem brincar de Verdade ou Consequência. Coronel estava mais pra lá do que pra cá, então só brincou Alasca e Miles. E então ela falou "me beija" e eles ficaram juntos. Na frente do Coronel que não estava entendendo nada porque ela tinha namorado. 

Então o telefone do lado de fora tocou, era pra Alasca e ela foi atender. Quando ela voltou estava desesperada e chorava muito. Ela pediu que o Coronel e Miles despistassem o Águia pra que ela pudesse sair de carro (já era muito tarde). Eles não entenderam nada, mas ajudaram. Alasca saiu apressada de carro e naquela noite os dois não viram mais ela. Ela bateu com o carro e morreu, eles ficaram sabendo no dia seguinte, a escola toda soube. 

E é ai que o John te prende a história, é quando o Coronel e o Miles procuram de todas as formas achar uma explicação pra morte da Alasca. Será que foi de propósito o acidente? Será que ela queria morrer? Será que ela contou ao Jake, seu namorado, que tinha ficado com o Miles e foi correndo até ele pedir que a perdoasse? Será que ela foi apressada pra casa pra falar com o pai? O John vai te fazer pensar todas essas coisas e mais um pouco. 

Esse é praticamente o final mais tem um pouco mais, porque é quando o Miles acha a resposta pra saída do labirinto, mas não contarei porque, os que estão lendo isso aqui agora, que ainda leram o livro, quero que passem o que eu passei até acharem a resposta. É de propósito que Green quer nos transformar em detetives e devorar cada página até achar o que tanto procuramos. 

O bom desse livro é que ele mescla amor, amizade e questionamentos sobre a morte. Faz nós refletirmos sobre os "talveres" da vida e a tal "saída do labirinto".

~Minha opinião~


Se você ainda não leu o livro, eu recomendo que leia, sério. Depois de Cidades de Papel e A Culpa é das Estrelas eu achei que nenhum livro do John seria melhor do que esses dois e eu estava SUPER ENGANADA, e enganada duas vezes, porque eu li O Teorema Katherine e amei também! Eu fiquei completamente apaixonada pela Alasca, apesar de alguns dizerem que ela era uma megera, eu mesmo achando ela as vezes um pouco confusa demais, eu a amei. Parte disso foi que eu li com meus próprios olhos o que me falaram. Alguns amigos meus disseram que eu tinha algumas semelhanças com a Alasca, como por exemplo ser impulsiva e o sonho de ser professora de crianças Autistas. Então, eu demorei muito tempo pra entender a personagem, porque não basta você ler o livro, você tem que ver por detrás da fechadura, e quando eu acabei o livro, eu me vi em meio a lágrimas tentando entender o porque daquele final. Porque esse final? Porque o John sempre tem que dar a indireta dizendo que nem sempre a vida tem um final feliz?! O modo como o John desencadeou a história, foi esplêndida. Como ele nos mostra que nunca, NUNCA, conhecemos uma pessoa de verdade e o quanto o Miles estava enganado com a Alasca, que por mais feliz e risonha que ela fosse, por dentro, ela guardava uma história tão triste, tinha tanto medo. Ai eu fiquei parada, com o livro na mão e refletindo. 

Foi um livro, confesso, que mexeu com meu íntimo porque desde A Culpa é das Estrelas eu não tinha ficado "tão assim" com um final. De deitar na cama e chorar e pensar "por que o John faz essas coisas?" Mas esse é um dos lados de amar livros (seja bom ou ruim) a história é triste e te faz sofrer junto. Você se coloca no lugar do personagem e sofre com ele como se ele fosse um parente, como se ele existisse de verdade, e quando você fechar o livro, meu amigo, ai não tem mais volta, você vai levar essa história pra toda a sua vida. É o tipo de história que te emociona só de falar dela em uma resenha. 

E é ai (vem a puxa-saco) que eu amo o John Green. Toda resenha que eu fizer falando dos livros dele eu vou me emocionar e perguntar o porque deses finais, mas ele é um de muitos que hoje em dia valoriza o realismo. Quem é Você, Alasca? é totalmente real, A Culpa é das Estrelas é totalmente real! Porque não existe finais felizes, não sempre, e é bom lidarmos com isso nos livros pra sabermos lidar com isso na vida real, na prática. 

Resumindo, eu amei Quem é você, Alasca? eu li em um dia inteiro e não foi uma perca de tempo, Graças a Deus! hahahahaha ri muito, eu chorei muito e eu sinto saudades dos personagens! Não vejo a hora de lançarem o filme e saber quais atrizes e atores escolheram pra interpretá-los e qual será a trilha sonara.


Ao longo do livro eu me apaixonei por várias frases, mas essa do Miles (da imagem acima) foi pela qual eu me apaixonei mais. E é mais uma característica do John, ele escreve frases que conseguem ser tão tocantes, a ponto de levarmos pra vida inteira! 

Você também pode encontrar esse livro em várias capas diferentes, uma mais linda que a outra! Mas eu, particularmente, amo mais a preta hahaha

Eu gostei bastante de fazer essa resenha, demorei, mas valeu muito a pena. Tinha meses que eu não fazia uma e eu gostei de começar logo com o John Green, em breve falarei sobre Como Eu Era Antes de Você, da Jojo Moyes.

Se gostou, comenta ai em baixo! Se já leu ou não, se quer o filme ou não, quero saber sua opinião!

Um super beijo, desculpem o atraso, e desculpem essa resenha enorme! 
Até a próxima =D 

Ana.